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A trombose venosa é uma condição de saúde séria que pode afetar qualquer pessoa, independente do gênero. Neste artigo, exploraremos um aspecto específico relacionado à trombose: as síndromes compressivas. Dentre essas síndromes, destacaremos a Síndrome de Quebra Nozes, também conhecida como Síndrome de May-Thurner. Este texto foi gentilmente fornecido pelo Dr. Leonardo Pacheco, médico angiologista e cirurgião vascular, e tem como objetivo esclarecer a importância de identificar e tratar essas síndromes, a fim de prevenir complicações, como a trombose venosa profunda (TVP).
Compreendendo a Síndrome de Quebra Nozes
A Síndrome de Quebra Nozes é uma condição médica caracterizada pela compressão da veia ilíaca esquerda pela artéria ilíaca direita e pela coluna lombar. Ela afeta predominantemente o sexo feminino, com idades entre 20 e 50 anos, devido a fatores anatômicos relacionados à pelve feminina. No entanto, é essencial destacar que essa síndrome pode ocorrer em ambos os sexos e afetar outras áreas, incluindo a veia ilíaca interna direita.
Sintomas da Síndrome de Quebra Nozes
Os sintomas associados à Síndrome de Quebra Nozes podem variar amplamente, desde a ausência de sintomas evidentes até complicações graves, como a trombose venosa. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:
- Edema no membro esquerdo: Inchaço da perna afetada.
- Dor pélvica: Desconforto na região pélvica.
- Dor na relação sexual: Dor durante o ato sexual.
- Varizes de membros inferiores: Veias dilatadas nas pernas.
- Varizes pélvicas: Veias varicosas na região da pelve.
A identificação e diagnóstico da Síndrome de Quebra Nozes requerem uma avaliação médica especializada, frequentemente com uma abordagem multiprofissional.
Avaliação e Diagnóstico
Para determinar a presença da compressão vascular e quaisquer alterações hemodinâmicas nas veias, os médicos podem utilizar diferentes métodos diagnósticos, como:
- Doppler venoso de abdome e pelve: Esse exame é frequentemente o ponto de partida para avaliar a síndrome, permitindo a visualização de locais de compressão, medição de velocidades e identificação de alterações anatômicas nas veias.
- Tomografia e Ressonância: Essas técnicas de imagem são úteis para visualizar a compressão, mas não fornecem informações detalhadas sobre o fluxo sanguíneo e as alterações intravasculares.
- Flebografia venosa: Embora seja considerado o exame padrão, é invasivo e geralmente reservado para pacientes com casos mais complexos.
Tratamento da Síndrome de Quebra Nozes
O tratamento da Síndrome de Quebra Nozes varia desde modificações nos hábitos de vida e orientações até procedimentos médicos mais complexos, como a angioplastia ou cirurgia.
A angioplastia com implante de stent é uma das opções mais comuns de tratamento. No entanto, é fundamental estar ciente de que as consequências a longo prazo do implante de stent ainda não estão completamente esclarecidas. Isso é particularmente relevante para uma população jovem, uma vez que estenoses, oclusões e migrações de stents são relatadas com frequência.
Trombose, Trombofilia e a Síndrome de Quebra Nozes
Quando se considera a relação entre a Síndrome de Quebra Nozes, trombose e trombofilia, é importante compreender que a trombofilia (um estado de hipercoagulabilidade) é apenas um dos fatores que contribuem para a formação de trombos.
Além da trombofilia, outros elementos, como a estase sanguínea (sangue lento ou parado) e lesões endoteliais (perda da integridade da parede da veia), desempenham papéis igualmente cruciais na formação da trombose.
Decisões de Tratamento Individualizadas
A decisão de tratar a Síndrome de Quebra Nozes não depende apenas da presença da síndrome, mas de uma série de fatores que envolvem o paciente e o profissional de saúde. Considerações como a intensidade e duração dos sintomas, a aceitação do tratamento clínico, a disposição para usar medicações, condições financeiras e bem-estar emocional são fundamentais para decidir o melhor curso de ação.
A abordagem da Síndrome de Quebra Nozes deve ser personalizada, acordada entre o paciente e o profissional de saúde, a fim de alcançar resultados satisfatórios. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível gerenciar eficazmente essa síndrome e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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Um super abraço.
Thalita Mara