Hereditariedade e Trombofilia: O Papel da Genética na Ocorrência de Trombose
No mês de maio, quando celebramos o Dia das Mães, é o momento ideal para refletir sobre o amor incondicional e os cuidados maternos que são inestimáveis. As mães representam o amor divino aqui na Terra, e muitas vezes desempenham um papel fundamental em nossa saúde. Neste artigo, abordaremos um aspecto essencial da saúde vascular: a hereditariedade e seu papel na trombose.
No meu primeiro livro chamado “Plante um livro e escreva uma árvore: pequenos detalhes, grandes milagres” eu descrevo sobre os cuidados e o amor incondicional da minha mãe nas principais fases da minha vida e conservo uma tremenda gratidão e amor por tudo que ela representa pra mim.
A Importância da Hereditariedade na Trombose
Ao lidar com questões de saúde, especialmente quando se trata de trombose, é crucial considerar a hereditariedade. A hereditariedade refere-se à transmissão de características genéticas dos pais para os filhos. Isso inclui não apenas características físicas, mas também fatores de risco para certos problemas de saúde.
No que diz respeito à trombose, a hereditariedade desempenha um papel importante. As trombofilias hereditárias são distúrbios da coagulação do sangue que são transmitidos de geração em geração. Ter um histórico de trombose na família, como varizes, trombose venosa profunda ou outros distúrbios da coagulação, pode indicar uma predisposição genética.
Principais Trombofilias Hereditárias
As trombofilias hereditárias são condições genéticas que podem aumentar o risco de trombose. Entre as principais trombofilias hereditárias, destacam-se:
- Deficiência da Antitrombina: Uma condição em que o corpo produz menos antitrombina, uma proteína anticoagulante.
- Deficiência da Proteína C: Neste caso, há uma deficiência na produção da proteína C, que desempenha um papel na regulação da coagulação.
- Deficiência da Proteína S: Semelhante à deficiência da proteína C, a falta de proteína S pode predispor a trombose.
- Mutação Fator V Leiden: Esta mutação genética afeta o fator V, tornando o sangue mais propenso a coagular.
- Mutação do Gene da Protrombina: Esta mutação afeta a protrombina, uma proteína envolvida na coagulação.
- Mutação de MTHFR: Uma mutação que afeta a capacidade do corpo de metabolizar o aminoácido homocisteína.
- Disfibrinogenemias: Condições que afetam a capacidade do corpo de produzir fibrinogênio, uma proteína coagulante.
- Outras Deficiências de Fatores de Coagulação: Isso inclui deficiências no fator IX e fator XI, que desempenham um papel na coagulação do sangue.
É fundamental entender que a presença de uma trombofilia hereditária não garante que você desenvolverá trombose. No entanto, aumenta o risco e, em casos de história familiar, deve ser cuidadosamente monitorada.
Trombofilias Adquiridas
Além das trombofilias hereditárias, existem trombofilias adquiridas. Essas condições geralmente surgem na idade adulta e podem ser causadas por problemas de saúde ou distúrbios do sistema imunológico. Algumas das trombofilias adquiridas incluem:
- Síndrome dos Anticorpos Antifosfolipídeos (SAAF): Uma condição autoimune que pode predispor a trombose.
- Hiperhomocisteinemia: Níveis elevados de homocisteína no sangue.
- Atividade Elevada do Fator VIII: Aumento da atividade de coagulação.
- Aumento do Fibrinogênio: Níveis elevados de fibrinogênio, uma proteína de coagulação.
Conclusão: Conhecimento é Prevenção
A conscientização sobre hereditariedade e trombofilias é essencial para cuidar de sua saúde vascular. É importante lembrar que ter uma predisposição genética não é uma sentença definitiva de trombose, mas um fator de risco que deve ser gerenciado. A prevenção é a chave, e o acompanhamento médico é fundamental, especialmente em casos de histórico familiar de trombose.
Às mães, que desempenham um papel tão importante em nossas vidas, agradecemos por seu amor e cuidado. Cuidar de nossa saúde é uma forma de honrar o que elas representam para nós.
Fonte: Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV-BA).
Neste Dia das Mães, aproveite a oportunidade para se informar e compartilhar esses conhecimentos com sua família, garantindo que todos possam tomar medidas preventivas e cuidar de sua saúde vascular. A hereditariedade pode ser um fator de risco, mas o conhecimento e a ação podem fazer a diferença na prevenção da trombose.
Assim, desejo que você fique sempre atento às pessoas que você ama para cuidar melhor delas e também de você!
Venha participar da Jornada Vida & Trombose.
Bjos no coração.
Até mais!
Thalita Mara
2 respostas
Olá. Sou a Jordana Morgenroth de Timbó,SC. Em 2015 tive TVP nas tibiais posteriores e na poplitia na perna esquerda depois de uma fratura causada por um acidente de moto . Quase perdi a perna na altura da coxa,não foi fácil mas venci. Em 2020 tive TEP nas artérias pulmonares, ao qual ainda estou em tratamento depois de positivar pra covid-19. Mas dei que irei vencer. Assim como sei que vou realizar meu sonho de ser mãe, sonho ao qual esroua doando desde 2015. E esse conteúdo me ajuda muito, adoro suas dicas amada, falar sobre prevenção é tudo pra nós mulheres. Parabéns pelo conteúdo,agrega muito conhecimento em minha vida. Gratidão. Deus abençoe . Bjus
Obrigada Jordana, todo conteúdo e feito com maior carinho para levar conhecimento e informação. Obrigada por compartilhar conosco um pouquinho da sua historia. Bjs no s2